quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Heavenly Sword – Review


Pronto para entrar na pele da Deusa da Guerra?
Se você já leu por aí alguma coisa sobre Nariko ou se já viu alguém chamar esse game de “Goddess of War” (Deusa da Guerra), não estranhe. A semelhança desse título com o famosíssimo game do todo poderoso Kratos realmente é visível, mas isso não significa que Heavenly Sword é uma cópia ou um plágio de God of War, muito longe disso! É apenas um ótimo título do mesmo gênero: Ação! (com guerra e muita, mais muita porrada mesmo!)

O jogo fala sobre a jovem e belíssima Nariko, uma ninja (ou monge, e que monge!), dentre vários outros ninjas de uma vila, que mantêm a antiga tradição de proteger a espada sagrada Heavenly Sword (ou Espada Divina). O problema é que um maléfico rei criou uma obsessão em ter essa espada, graças aos supostos poderes que ela traz consigo. Tal rei lembra muito o estilo do maléfico Xerxes em 300 de Esparta (só que menos afeminado), graças a seu desejo insaciável de conquistar e ao enorme exército, com os mais variados tipos de soldados e bizarrices, sem mencionar seus generais, um mais bizarro que o outro! Com isso, após conseguir fechar o certo, o maléfico Rei está a um passo de por as mãos na espada, bastando apenas invadir as muralhas do templo do povo de Nariko. Na verdade, o jogo começa no momento mais crítico de toda a história, quando a espada consumirá a vida de Nariko!

Como é? Não entendeu? É simples. Você começará em um dos momentos final do enredo e a cada capítulo, você poderá acompanhar o diálogo entre Nariko e a Espada Divina, onde ela tenta convencer a arma a voltar para defender o povo. As fases na verdade são os momentos da história de Nariko e a espada antes do momento fatal. O primeiro capítulo mostra o momento onde Nariko resolve utilizar a espada numa tentativa de salvar seu próprio pai, que acaba aprisionado, indo de encontro a tudo o que seu pai havia dito. A lenda diz que a pessoa que a utilizar terá os poderes de um Deus, porém, chegará o momento em que a espada cobrará seu preço pelo poder concedido: a vida que quem a usa. Sinta então a maldade do seu principal rival, que sabe disso, mas só quer a espada para colocar em sua coleção pessoal, mesmo que isso custe a vida de todo um povo!



O jogo tem um sistema de combate simplesmente viciante, no melhor estilo God of War. Claro que esse sistema não é uma cópia dos movimentos de Kratos. A um sistema de combos que você vai liberando com o tempo, ao ir utilizando os movimentos já aprendidos e ao derrotar mais adversários. Com mais tempo ainda, você aprenderá movimentos especiais (que só podem ser utilizados ao preencher uma barra de energia circular) e movimentos de velocidade, que utilizam correntes formando um escudo de ar que será realmente necessário (principalmente nas batalhas contra os chefões). Finalmente também temos os movimentos que utilizam o poder da espada (que no começo consomem seu life ao serem utilizados). Você sempre se encontrará cercado de diversos inimigos, pois exército adversário é realmente enorme, o que é interessante e ao mesmo tempo é algo ruim. Depois de passar de algumas fases, você poderá ficar um pouco entediado, pois algumas batalhas poderão se tornar repetitivas (entretanto, se você for um fã da pancadaria, nada disso irá te incomodar!).

Outro dos poucos negativos do jogo é inteligência artificial do jogo. Em certos momentos ela é simplesmente horrível, sendo que você estará cercado de um monte de zumbis que ficam esperando por sua iniciativa ou que passam o dia todo fugindo, fazendo com que uma parte simples, dure uma eternidade. Ainda bem que há momentos a IA funciona, tornando o jogo realmente desafiador. Em certas partes do game, você terá que disparar projéteis, como balas de canhão ou flechas, o que pode ser de duas formas: mirando e atirando, ou segurando o botão de disparo, permitindo que você acompanhe e guie a trajetória do projétil, sendo esse controle feito através da movimentação do Sixaxis, que incrivelmente faz bem esse papel, tornando o jogo ainda mais divertido! É exatamente nesse momento que você irá perceber o bom uso a IA, quando os adversários que virem seus aliados caírem irão fazer de tudo para desviar dos seus projéteis.

Além de controlar a bela Nariko, em alguns momentos do jogo você controlará a pequena (e louca) Kai, uma jovem que perdeu seus pais e foi encontrada pelos monges, sendo criada pelo pai de Nariko. A pequena Kai considera Nariko uma irmã e pensa que toda a guerra é um jogo. Em certos momentos você irá “brincar” com a Kai, utilizando da sua eficiente arma de flechas, para derrubar os adversários, no mesmo esquema que você dispara qualquer projétil. Claro que Kai não está utilizadno a Heavenly Sword, sendo frágil e vulnerável aos adversários, mas Kai é incrivelmente ágil e até nos momentos onde você achar que tudo estar perdido por ela estar cercada, ao apertar o “quadrado” no momento correto, ela utilizará de sua agilidade para escapar dos adversários.



Heavenly Sword conta também com uma série de momentos que mais lembram mini-games, também parecidos com o que encontramos em God of War. Não somente contra os chefões, mas também em alguns momentos do jogo, você terá que ficar esperto para apertar uma seqüência de botões, visando escapar de enrascadas ou para dar fim a oponentes, o que é super divertido e sempre ajudará a quebrar o gelo exatamente naqueles momentos onde o combate excessivo poderia tornar-se chato. Talvez isso explique por que o jogo é tão curto, pois com apenas 10 horas, você será capaz de terminá-lo. Mas calma, há três níveis de dificuldade, inclusive um destravável (e muito difícil por sinal!), além de outros destraváveis, como ilustrações, vídeos, etc.

E se não já bastassem os bons aspectos de jogabilidade e um ótimo roteiro, o jogo conta com os gráficos mais belos já vistos num game de aventura até o presente momento! É simplesmente fantástico o trabalho gráfico realizado em Heavenly Sword, que combinado ao ótimo roteiro, faz dessa uma história hipnotizante de se ver! O Ninja Project (estúdio responsável pelo game) fez um trabalho digno ao que o Playstation 3 vem prometendo a tanto tempo. Combinando tão belos gráficos à música e aos efeitos de som empolgantes que o jogo tem, Heavenly Sword torna-se um dos games mais bonitos já feitos! Todos os detalhes foram incrivelmente bem cuidados, seja a iluminação, cores, pele dos personagens, explosões, enfim, tudo relacionado ao aspecto gráfico está de matar!

Heavenly Sword é um trabalho que muitos acreditavam que não sairia tão bom quanto o que era prometido nas grandes convenções de games. Apesar das pequenas falhas do jogo, esse título mostra que o Playstation 3 é capaz de fazer (já não era sem tempo!). Belíssimos gráficos, protagonista e som de tirar o fôlego, enredo empolgante, boa jogabilidade, e muita, mais muita pancadaria! Um game necessário na coleção de qualquer fã de uma boa ação!


Plataforma: Playstation 3
Data de Lançamento: 12/09/2007.
Distribuída por: Sony Computer Entertainment
Desenvolvida por: Ninja Theory
Gênero: Ação
ESRB Rating (censura): Pendente
Nota: 8.9 / 10.0

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